segunda-feira, 26 de agosto de 2019

"Sobre a cotovia, eu tinha razão, todavia"

Ah! Como fica meu coração em comprovar que eu tinha mesmo razão.
Eu queria estar errada sobre a cotovia sobrecarregada.


Mas olhe o resultado, enquanto ao trabalho ela não retorna. Vejam a reação do capataz da casa grande.
A cotovia sempre labora solitária.
Os canários quando vão, seguem motorizados em grupos de quatro, recolhem as folhas, subordinados.
Alinhados ao canário guia, que leva o seu possante trator, sentem de fato o puxado labor.
Se assim não fosse preciso, qualquer cantante canário, voaria sozinho por entre as ruas produzindo o mesmo que a cotovia exemplar.
Mas não, sabem os canários e sabe melhor o sagaz capataz, que mais de um ali são necessários:
-um trator;
-um guia;
-e mais duas aves de apoio de cada lado, sobem e descem munidos de vassoura e pá, cada um com um lado da rua
-mas ainda há um terceiro pássaro para dedicar-se ao auxílio da cata.
Varrem, varrem e recolhem.
Assim rende, assim não cansam, assim mais tempo sobra para a servidão que ao capataz se estende em profunda cantoria e bajulação.
E para essa decisão? Não será necessário consultar o ato administrativo, através de pesquisa a população?
Ela, a cotovia, tudo pode sozinha.
Eles, os canários, todo o suporte merecem.


Ele, o capataz do principado, é quem define.
Ao retornar de seu pequeno exílio, vejamos como será a labuta da solitária e polivalente cotovia.
Será que também terá a sua necessidade reconhecida pelo capataz?  Do mesmo suporte, será a cotovia favorecida?
São cenas do recôndito.
Recôndito esquecido e deixado a certas espertezas e escolhidos espertalhões. Dias de dores e canastrões, semeados em todos os rincões.
Observemos os dias que passam, pois não é coincidência que daqui para a frente as canalhices aumentem, as falas irrefletidas e ignóbeis se espalhem, ideias débeis despontem para com as campanhas do ano que vem, construírem a ponte.
Tapas nas costas, cervejadas e churrascadas despontam por aqui já, já. E agora essa politicalha já tem até lugar certo.


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                                                                             Célia Motta, cidadã guedense.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

"Doutros, noutros e aqueloutros"

Doutros, noutros e aqueloutros!
Algumas coisas, por aqui jamais acontecem.
Algumas necessidades, jamais nos são preenchidas.
Em todas as vezes, é como se fôssemos absolutamente isentos do pagamento dos impostos, ou como se recolhidos para outro município, eles fossem.
Cria-se pastas, nomeia-se pessoas, afloram os cargos.
Mas os nossos direitos, mesmo frente ao cumprimento de nossos deveres, não são respaldados.

Até acontecem, porém, noutros cantos, para aqueloutros... tudo doutros!
Sem oposição, tudo é omissão, por vezes emoção não nascida no coração, mas brotada da terra do cão.
Sem imprensa, não se pensa, não ao menos para a correta execução.

Cadê a oposição? Cadê os membros da oposição?
- Dirigindo pastas da situação. Parece piada, mas não é não.
Receberam do povo uma procuração para no legislativo cumprirem a sua missão. Renunciaram, não legislaram e nas pastas eles estão.
Eu, se eleitor deles fosse, os teria em conta de alta traição.
No entanto, em relação à oposição, cumprimento Dudu e Paulinho, que bravamente guerreiam sozinhos no ninho. Por eles, além de minha consideração, renovo minha esperança no verdadeiro objetivo do legislativo, que é a fiscalização.

Cadê a imprensa local?
-Dando suporte à situação atual. Discrição máxima diante do contexto factual.

E em necessidades e ânsias, nós daqui esperamos, esperamos e nunca chega a nossa primordial AMBULÂNCIA.
Argumentam que aqui falta demanda. Mas pessoas já partiram por falta de socorro imediato e adequado. Bebês, inclusive. Munícipe é munícipe e sujeito de direito, com demanda alta ou baixa.
É questão de vida ou morte. É, ou deveria ser, questão de cidadania.
Há sim, uma precária condução da pasta da Saúde para o transporte de pessoas. Uma vez dentro dela, haja, reza, mandinga e oração para que ela não quebre. Do contrário, não haverá tempo hábil para o problema ter uma feliz conclusão.

Incrível é que já fomos contemplados com uma ambulância!
Mas para nós, ela não chegou, no município
 ficou.
Se ganhamos?
-Sim, nós ganhamos. Apenas não levamos. Não nos foi entregue.
Tudo doutros.
Noutros.
Aqueloutros.

Entretanto, na pasta da Educação, tivemos até inauguração! Bela escola! Período integral! Muito mais orientação e informação! Vivas!!! Com os estudantes, toda a preocupação!!!
Ah! Eu quase me esquecia, o programa começou a ser implantado, digo, a sua documentação, na anterior Administração. Outrossim,
faltam motivos para "vivas" e muito menos para admiração.



                                                                                     
                                                                                       
                                                                                          guardiadelendas.blogspot.com                             
                                                                                          Célia Motta, cidadã guedense.












quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Quanto valem 4 famílias???

Curiosas as passagens do charmoso Distrito.
Inquietantes questionamentos despertam em minha alma sobre os destinos de nosso lugar.
Algo sussurra em meus ouvidos, algo arrepia minha coluna e brota em forma de inquirição, deve ser o amor intenso e vivo por esse chão.
Se um tapete de asfalto arranca pedras públicas e históricas, as carrega para calçamento de propriedades particulares (é o que se fala ainda hoje), descarta parte delas como entulho e lixo em arrebaldes sombrios, condenando a tradição e a cultura local à obscuridade, por qual razão seria, que tal poder asfáltico não se sobressairia para asfaltar uma pequena rua de uma comunidade de extrema periferia?
Será que é por ser pequena? Ah! Apenas 4 famílias!
Ali idoso já caiu, ali se feriu. Sangrou mãos de duro trabalho.
Crianças precisam trilhar aquele íngreme caminho.
Gestantes derrapam em caminhadas ingratas, por vezes sobre escorregadias pedras, muito mais traiçoeiras que as pedras históricas, covardemente arrancadas, comercializadas, objetos de obscuras barganhas.
Ah! Eu falo aqui dos arredores do antigo matadouro.
A saudade dos velhos dias daquele local, poderia ser suprida por certos cuidados de infraestrutura com aquela terra e com a sua gente.
Sabemos que mesmo diante da falta de visibilidade da obra, a necessidade permanece firme e forte.
Mas a pergunta é: a quem convém?
Por quais motivos se pode barganhar patrimônio público (se os comentários são inverídicos, em função de quê não se investigou?), mas não se pode viabilizar um trecho tão curto?
Minha desconfiança se sobrepõe à minha esperança.
Se uma rua histórica pode ser depredada e descaracterizada, por sinal com material duvidoso, dada às necessidades de reparos constantes, em relação ao curto tempo em que lá está o asfalto; em razão de quê interesses as imediações do antigo matadouro não podem passar por manutenção decente e definitiva?
E eu me pego aqui pensando... pensando...
Vou me questionando...
E vou duvidando... cada vez mais duvidando...
As contradições vão se erguendo...
O tempo vai passando... o descrédito generalizado aumentando...
As instituições se desmoralizando...

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                                                             Célia Motta,
                                                              cidadã guedense. 










quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Era uma vez, nas ruas de um pequeno recôndito...

Chamava a atenção num pequeno principado, que tantos canários cantassem desde muito cedo até o fim do dia, no pequeno palácio do lacaio regente do principado, alegrando o lacaio, dando suporte às idéias do lacaio, enquanto uma cotovia solitária, deixava as ruas do lugar impecáveis.
Qual seria a causa?
Divergências ao entoar a melodia, o canto regido e o conto ditado? Diferenças com o lacaio regente?
Os canários machos cantavam, cantavam e depois de muito cantar, descansavam em boa sombra.
Já a cotovia, mesmo cansada de sua jornada diferenciada, nunca abandonava o posto e a função. Jamais descansava, embora já exausta. Trabalhava e trabalhava... nunca faltava.
O regente seria cego? Seria débil?
Ou faltava-lhe por parte da cotovia, a bajulação?
Bajulação que a cotovia talvez não lhe dispensasse?
Então, sobrava ao lacaio regente do principado a bajulação dos canários... sem fiscalização... com vistas muito, muito grossas... com vistas à própria promoção. Promoção inescrupulosa.

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                                                                             Célia Motta.

Era uma vez, um pseudo "xerife"...

Era uma vez, num pequeno recôndito, um pseudo "xerife", absolutamente equivocado quanto às suas funções.
Lacaio por definição, incauto por personalidade e limitado por excelência, dava vazão às suas sandices nesse pequeno lugar.
Lá, sentia-se o dono de uma bola, que há muito já vinha sem ar, trôpego ele, trôpega a bola, tropeçando em ilegalidades e transgressões, irresponsabilidades e segundas intenções... lá ia ele aos chutes, fazendo gols contra.
Mal acabara de ajeitar a sua chácara, mesmo frente à falta de iluminação de outras chácaras em que gente já habitava, criança já brincava, gente chegava, saía e entrava, empenhou-se o pseudo xerife em trazer a iluminação, somente para a chácara menina de seus olhos: a dele, é claro.
As outras chácaras?
Bolas, as outras não precisavam, pois nas outras ele não teria que conviver com a escuridão, ao menos não a escuridão que não fosse a dele próprio.
Nas redes sociais, lá vinha ele em interminável campanha, promovendo-se em um falso brilhantismo. Em cada oportunidade, era o oportunismo que ocasionava o marketing pessoal.
Isolado das instituições, lá ia ele, por vezes sorrateiro, por vezes frenético e dono de uma razão que nunca teve.
Calando e enterrando as boas iniciativas que o antecederam, subornando memórias e dores alheias.
É o politiqueiro de quinta categoria, provando a inaptidão para a administração. É o caos do descaso público dando corpo ao dono da bola!
Dono da bola?

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                                                                                Célia Motta.