segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Dona Benedita

Quem não se recorda dessa pele de sol, por vezes brava e por outras tantas e muitas vezes sorrindo contente?
Quem não se recorda de todas as águas que jorraram sobre as suas mãos de fresco alvejar?
Quem de nós ainda não a vê, por entre nós a perambular?
Quem não presenciou essa mulher de força e luta, fazendo alquimias com as águas e as espumas de sabão, trazendo de outras dimensões as velhas e melodiosas lavadeiras das colônias, dos açudes, perdidos no tempo?
Quem não ouve os seus passos leves em nossas calçadas de outrora e de agora?
Caminha, flutua e vive... vive... ainda entre nós... ainda nossa.


Mas, o que nós ainda não tínhamos era uma imagem dela, aos 16 anos de idade, junto com o seu marido Mariano, tirada na cidade de Botucatu em Maio do anos de 1927.





Em sua cabeça, farta de asas de graúna, cantavam as antigas histórias de vôos para nós desconhecidos. Voando a graúna deixou o seu legado.
Voando, partiu em Dezembro do ano 2000, precisamente no dia 10. Ainda ouvimos os seus vôos noturnos em rasantes de magia e recomeço, envolvida em brancas nuvens de nosso céu guedense.


Aqui, os pais e uma das tias do senhor Mariano, portanto o sogro, a sogra e a cunhada de dona Benedita, da esquerda para a direita: Joana Maria Pantaleão de Lima, Antonio Pantaleão de Lima e Aparecida Pantaleão de Lima. Infelizmente, não nos foi possível identificar a cidade e o ano em que foi feito o registro fotográfico.

                                                         guardiadelendas.blogspot.com
                                                         Célia Motta.

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