Chamava a atenção num pequeno principado, que tantos canários cantassem desde muito cedo até o fim do dia, no pequeno palácio do lacaio regente do principado, alegrando o lacaio, dando suporte às idéias do lacaio, enquanto uma cotovia solitária, deixava as ruas do lugar impecáveis.
Qual seria a causa?
Divergências ao entoar a melodia, o canto regido e o conto ditado? Diferenças com o lacaio regente?
Os canários machos cantavam, cantavam e depois de muito cantar, descansavam em boa sombra.
Já a cotovia, mesmo cansada de sua jornada diferenciada, nunca abandonava o posto e a função. Jamais descansava, embora já exausta. Trabalhava e trabalhava... nunca faltava.
O regente seria cego? Seria débil?
Ou faltava-lhe por parte da cotovia, a bajulação?
Bajulação que a cotovia talvez não lhe dispensasse?
Então, sobrava ao lacaio regente do principado a bajulação dos canários... sem fiscalização... com vistas muito, muito grossas... com vistas à própria promoção. Promoção inescrupulosa.
guardiadelendas.blogspot.com
Célia Motta.
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